CHE: ENTRE A REVOLUÇÃO E A AUTOAJUDA
Resumo
O maior problema do filme de Soderbergh não é o que ele mostra. É o que a maioria do público tende a ver. A revolução pode parecer mais questão de empenho individual do que resultado da ação coletiva.
Os admiradores de Che Guevara e socialistas em geral não têm o que reclamar de “Che: uma vida revolucionária”. Trata-se da primeira parte de uma produção do ator porto-riquenho Benicio del Toro, sob direção do norte americano Steven Soderbergh. Essa primeira metade das quatro horas totais mostra a luta que levaria Guevara, Fidel e seus companheiros ao poder em Cuba.
Para começar, é preciso coragem para fazer um filme simpático a Guevara nos Estados Unidos. O país acaba de eleger para presidente um negro de nome muçulmano. Mas, a grande maioria de sua população continua considerando Che e Fidel nada mais que terroristas. Seguem o que diz a o governo e a mídia empresarial do país.
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