ENCRUZILHADA: REFORMISMO SOCIAL E DISPUTA DE HEGEMONIA, PROCESSOS POLÍTICOS E MOVIMENTOS POPULARES NO EQUADOR ATUAL
Resumo
Este texto propõe-se analisar os processos políticos vividos no Equador de 1990 até os dias de hoje, assumindo a perspectiva de tendência de esquerda ancorada nos movimentos populares. Para esta análise toma-se como marco teórico o conceito de disputa de hegemonia. Parte-se de seu reconhecimento como um único processo com vários momentos políticos, que tem início com o levante indígena do Inty Raymi e vai até o triunfo eleitoral de Alianza País. Dá-se uma interpretação específica ao movimento indígena, como protagonista integral de uma reforma cultural, que assenta suas bases para um novo projeto social, e outra às classes e camadas médias urbanas, que sintetizam as demandas de cidadania. No texto a nova situação é caracterizada como uma dualidade, o entrecruzamento de um projeto de modernização do estado com o de reforma democrática. Gera-se assim uma situação de encruzilhada, que se inicia com o período 2006-2009, o qual pressiona a esquerda tradicional e os movimentos populares a vislumbrar uma viragem estratégica. Dispõe que a síntese desse processo se encontra no processo constituinte e nos conteúdos-chave da Nova Constituição, que acolhe em boa medida as demandas fundamentais dos movimentos populares e sociais e coloca-os em um projeto comum “para frente”.
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