GUNGUNHANA EM DOIS TEMPOS

Autores

  • Helena Wakim MORENO USP

Resumo

Na segunda metade do século XIX, o continente africano foi palco de disputas territoriais por parte das potências europeias. Portugal, ainda que não se destacasse economicamente no contexto europeu, entrou no páreo. Alegando direitos históricos, reivindicava a extensão territorial compreendida entre o litoral angolano (costa oeste, no Atlântico) e o litoral moçambicano (costa leste, no Índico).

Em 1884, foi organizada a conferência de Berlim, com o intuito de definir como seria feita a partilha da África. Portugal exibiu suas pretensões em um mapa que ficou conhecido como “mapa cor-de-rosa”: as terras desejadas foram assinaladas com esta cor. Entre Angola e Moçam bique estava uma zona que, segundo especulações, era rica em minérios e possivelmente em diamantes. Era mais que o suficiente para despertar o interesse inglês. Tendo diante de si o mais forte dos concorrentes, o país mais poderoso do mundo, os portugueses tiveram seus planos frustrados: conseguiram oficializar a posse de Angola e Moçambique, contudo o interior (futuramente, a Rodésia do Norte e a Rodésia do Sul) foi ganho da Inglaterra. Essa deliberação seria a catástrofe para Portugal. O mapa cor-de-rosa era a essência dos seus planos em África.

Biografia do Autor

Helena Wakim MORENO , USP

Estudante de História USP, São Paulo, Brasil

GUNGUNHANA EM DOIS TEMPOS

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Publicado

13-01-2010

Como Citar

MORENO , H. W. GUNGUNHANA EM DOIS TEMPOS. Revista Mouro, [S. l.], v. 1, n. 2, 2010. Disponível em: https://revista.mouro.com.br/index.php/Revista_Mouro/article/view/39. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ