DO LADO DE LÁ DA MURALHA, MAS NUNCA EM CIMA DO MURO: O COMPROMISSO ÉTICO E POLÍTICO DAS EDUCADORAS E DOS EDUCADORES SOCIAIS QUE ATUAM COM JOVENS PRIVADOS DE LIBERDADE NA FUNDAÇÃO CASA
Palavras-chave:
Jovens privados de liberdade, Educadoras e educadores sociais, Educação não-formal, Instituição totalResumo
O presente artigo tem como objetivo discutir as maneiras pelas quais as educadoras e os educadores sociais atuam, por meio da educação não-formal, junto às e aos adolescentes em conflito com a lei que cumprem medida de internação na Fundação CASA. Além de estudo bibliográfico pertinente, foram utilizados alguns resultados da dissertação intitulada Educação privada de liberdade: um estudo das práticas pedagógicas utilizadas com adolescentes em conflito com a lei, de minha autoria, defendida em 2019. Também utilizo registros de memória relacionados com a minha atuação como educadora social voluntária em unidades da Fundação CASA. Para este artigo, entrelacei trechos de entrevistas da pesquisa mencionada com estudos mais recentes, para investigar o paradoxo em se pretender algum tipo de educação dentro de uma instituição total marcada pelo racismo de Estado. O artigo indica que educadoras e educadores sociais que atuam na Fundação CASA por meio da educação não-formal, sem vínculo empregatício com a instituição, optaram por essa atividade conscientemente, sendo parte de uma escolha intencional, social e política, tendo em vista que assumem como um compromisso a presença crítica dentro de um espaço opressor com o qual não concordam, mas, enquanto existir, pretendem criar possibilidades de vínculos e resistências junto com as e os jovens privados de liberdade.
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