PANDEMIA-SINDEMIA COVID19: SISTEMAS NACIONAIS UNIVERSAIS PÚBLICOS DE SAÚDE OU BARBÁRIE
Palavras-chave:
Pandemia, Covid-19, Sindemia Univesais de Saúde, Direito à SaúdeResumo
Este ensaio de opinião apresenta uma reflexão de como a doença causada pelo vírus SARS-COV-2 a COVID-19 não se resume a apenas uma pandemia, mas uma Pansindemia, ou seja, uma situação caracterizada não exclusivamente pela doença respiratória da COVID-19, mas também por outras afecções que são resultados das interações biológicas e sociais que contribuem para piorar o estado de saúde das populações e geram impactos para além dos sanitários e a centralidade de fortalecermos Sistemas Universais Públicos de Saúde. É discutido neste artigo, como as sociedades capitalistas têm influenciado através da agenda neoliberal a desconstrução de políticas públicas, principalmente no setor saúde, o que reduziu a capacidade dos Estados nacionais em responder de modo efetivo a esta Pansindemia. No Brasil, a agenda implantada desde 2016, acarretou na redução do financiamento do SUS, na precarização do trabalho e na redução por parte da classe trabalhadora do seu direito à saúde. Ademais, a agenda internacional de organizações multilaterais tem construído alternativas modestas e tímidas diante do direito à saúde. Recuperamos, na crítica de Marx e na produção teórica por ele inspirada na saúde, de que como o modo de organização da produção e reprodução capitalistas impactam na saúde e de que como, historicamente, a luta da classe trabalhadora foi decisiva para garantir o direito a saúde no marco dos estados que emergem dessas sociedades. Desta forma apontamos para a necessidade que das tensões sociais e de classe que emergem no contexto desta Pansindemia possam reafirmar a importância e prioridade de um novo ciclo de lutas das classes trabalhadoras e populares sustentada no direito universal a saúde e na construção de sistemas públicos universais, e que só assim poderemos superar os riscos e danos da atual Pansidemia.
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