PERDIDOS E ACHADOS OS TUPINAMBÁ DE ONTEM E DE HOJE

Autores

  • Silvia Beatriz ADOUE Universidade Estadual Paulista

Palavras-chave:

Tupinambá, Florestan Fernandes, Recuperação de terras indígenas.

Resumo

Este estudo consta de duas partes. Na primeira, há uma leitura das pesquisas realizadas pelo jovem Florestan Fernandes sobre o povo Tupinambá, sua organização social e a função da guerra. O trabalho exaustivo do mestre da sociologia, buscou nos registros dos cronistas elementos que lhe permitissem reconstruir a vida dos Tupinambá perdidos. O levantamento de documentos, cruzamento de informações neles presentes e um grande esforço de imaginação sociológica resultaram num panorama muito rico que ia além do filtro do olhar perplexo com o radicalmente diferente dos viajantes europeus. Eles observavam a prática dos povos como uma anomalia mais ou menos demoníaca. E, certamente, as anotações desses primeiros europeus serviram de base para conformar um discurso sobre o selvagem que se instalou no senso comum e foi parte da fundamentação para a invasão e colonização. Na segunda parte, há uma análise sobre a luta e a auto-reflexão dos Tupinambá de Olivença, no Sul do estado da Bahia, que permaneceram em parte do território ancestral e vêm realizando recuperações. O cacique Babau apresenta uma perspectiva de mundo, uma fala sobre a história do Brasil e uma observação crítica do mundo capitalista atual. Os Tupinambá achados assinalam possibilidades de uma organização societária que estaria na raiz das lutas do povo brasileiro.

Biografia do Autor

Silvia Beatriz ADOUE, Universidade Estadual Paulista

Professora da Escola Nacional Florestan Fernandes, da UNESP e do programa de Desenvolvimento Territorial de América Latina e Caribe (TerritoriAL), da UNESP

Florestan – Diego Umpierrez, Aquarela

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Publicado

24-05-2022

Como Citar

ADOUE, S. B. PERDIDOS E ACHADOS OS TUPINAMBÁ DE ONTEM E DE HOJE. Revista Mouro, [S. l.], v. 12, n. 15, 2022. Disponível em: https://revista.mouro.com.br/index.php/Revista_Mouro/article/view/15. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ