PERDIDOS E ACHADOS OS TUPINAMBÁ DE ONTEM E DE HOJE
Palavras-chave:
Tupinambá, Florestan Fernandes, Recuperação de terras indígenas.Resumo
Este estudo consta de duas partes. Na primeira, há uma leitura das pesquisas realizadas pelo jovem Florestan Fernandes sobre o povo Tupinambá, sua organização social e a função da guerra. O trabalho exaustivo do mestre da sociologia, buscou nos registros dos cronistas elementos que lhe permitissem reconstruir a vida dos Tupinambá perdidos. O levantamento de documentos, cruzamento de informações neles presentes e um grande esforço de imaginação sociológica resultaram num panorama muito rico que ia além do filtro do olhar perplexo com o radicalmente diferente dos viajantes europeus. Eles observavam a prática dos povos como uma anomalia mais ou menos demoníaca. E, certamente, as anotações desses primeiros europeus serviram de base para conformar um discurso sobre o selvagem que se instalou no senso comum e foi parte da fundamentação para a invasão e colonização. Na segunda parte, há uma análise sobre a luta e a auto-reflexão dos Tupinambá de Olivença, no Sul do estado da Bahia, que permaneceram em parte do território ancestral e vêm realizando recuperações. O cacique Babau apresenta uma perspectiva de mundo, uma fala sobre a história do Brasil e uma observação crítica do mundo capitalista atual. Os Tupinambá achados assinalam possibilidades de uma organização societária que estaria na raiz das lutas do povo brasileiro.
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